Qual o seu tipo de inteligência?

Falamos em "tipo de inteligência" porque a individualidade de uma pessoa passa também pelas áreas em que ela se sai melhor cognitivamente. Cada um de nós apresenta tendências a se interessar por campos específicos do saber e a aprender mais facilmente quando aplicadas determinadas técnicas ou métodos de ensinamento.

Nos séculos passados, principalmente com a difusão do racionalismo e da valorização da cientificidade, pesquisadores acreditavam que era possível medir a inteligência de forma quantitativa, a exemplo do teste de QI ("Quociente de Inteligência"). Porém, como esse teste é baseado em raciocínio lógico imediato, não vem sendo mais usado, uma vez que psicólogos e profissionais que o aplicavam começaram a observar que pessoas consideradas inteligentes e bem-sucedidas na vida não necessariamente eram as que obtinham notas mais altas.

Somente nos anos 1980 a questão da inteligência seria encarada de maneira mais analítica e menos generalista, com a publicação de "Estruturas da Mente", em 1983, pelo neurologista e pesquisador Howard Gardner. Em seu livro, ele descreve sete dimensões ou áreas da inteligência, cunhado uma teoria que se tornou conhecida como "Teoria das Inteligências Múltiplas": visual-espacial; lógica-matemática; verbal; musical; interpessoal; intrapessoal; e corporal-cinestética. Posteriormente, ele propôs ainda mais duas outras dimensões, a naturalista e a existencialista (sobre esta última, ainda não há tantos estudos, mantendo-se apenas como proposta).

Ainda de acordo com Gardner, testes de QI apenas revelam as inteligências lógica-matemática e verbal (ou linguística), chamadas de "inteligências clássicas". Obviamente, uma pessoa não apresenta exclusivamente um tipo de inteligência e isso não significa que ela se sairá mal nas outras. De fato, certos tipos aparecem agrupados ou combinados com maior frequência que outros porque dependendo do campo de estudo e trabalho ao qual você se dedica, é provável que você exercite mais certas áreas do conhecimento semelhantes entre si.


(Fonte das imagens: Mundo Interpessoal)




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